Estudando na Alliance Française Paris

Minha boa desculpa pra passar um mês em Paris foi estudar, fazer um curso de aperfeiçoamento de francês na Alliance Française Paris Île de France. Vamos falar um pouco sobre como funciona o curso.

prédio da AF no 101, Blvd. Raspail

Lá o curso é bem diferente dos cursos regulares aqui nas Alianças Francesas ou outras escolas de línguas. É em módulos semanais, e vc pode começar seu curso em qualquer segunda-feira, desde que não seja "débutant complet" (nesse caso há datas específicas para o início do curso). Além do curso regular, o Français Général (que você pode fazer Intensif ou Extensif), há alguns ateliês à escolha. Oral, Écrit, Prononciation, Grammaire, além de alguns ateliês temáticos, como o Art de Vivre à la Française, que é um curso de passeios pela cidade.

eu, na sala de aula do prédio do Blvd. Raspail

O nível mais alto oferecido no Français Général é o C1, que foi o que eu fiz. Durante o processo de inscrição (fiz tudo através do site e de trocas de emails, mas se tiver uma Aliança Francesa na sua cidade, eles podem intermediar) o aluno faz uma prova online para determinar seu nível, e chegando lá faz tb uma rápida entrevista oral só para confirmar.

estudando antes da aula na frente da entrada do prédio do blvd. Raspail

A Alliance Française fica no Boulevard Raspail, nº 101, pertinho da rue de Rennes, da Igreja de Saint Sulpice, do Boulevard Saint-Germain e dos Jardins du Luxembourg. No prédio tem médiathèque, théâtre/cinéma, salas de aula, accueil (recepção), sala de professores, cafétéria.

escadaria liiiiinda do Blvd. Raspail

Tem também um prédio mais novo, na rua ao lado, a rue de Fleurus, com outras salas de aula, inclusive uma com Tableau Blanc Interactif - TBI, onde eu tive aula por uma semana.

sala 800 da rue de Fleurus, a sala do TBI com a prof. Valérie: 

foto do meu último dia de aula, dia 03.08.2012

Eu escolhi fazer o curso extensivo, que só tinha aula três vezes por semana de manhã (segunda, terça e quinta). A ideia era fazer um ateliê de oral de manhã quarta e sexta, acontece que pro nível B2 (o mais avançado para o Atelier Oral) só tinha de tarde. Então fiquei assim, com esse horário meio torto: segundas, terças e quintas eu tinha aula das 9h às 12h, e quartas e sextas eu tinha aula de 14h30 a 16h30 (só fiz ateliê nas duas primeiras semanas de curso).

no prédio na rue de Fleurus, esperando dar o horário da aula de Oral

No C1 não tem livro nem método. A gente lê muitos artigos, discute, vê pontos específicos de gramática (a prof. Hélène gostava de atender a pedidos, de acordo com nossas dúvidas) e escreve muito! Todo dia tinha dever de casa, nada de moleza. Mas sempre dava pra fazer um pouco de turismo a cada dia.

saindo da aula e falando com a mamãe no telefone

O atelier Oral não tinha dever de casa. Tínhamos tb leituras, discussões e improvisações. Uma aula inesquecível foi a sobre os estereótipos. Tudo muito bem conduzido pela professora Sindy. Uma característica boa e ruim do curso de módulos é que sempre tem gente chegando e gente saindo. Muitas nacionalidades passaram pelos bancos dos meus colegas de curso: muitos, brasileiros, espanhóis e italianos, além de Estados Unidos, Colômbia, Inglaterra, Venezuela, Hungria, Azerbaijão, Cuba, Irã, Coréia do Sul, Israel, Canadá... Essa parte era muito legal! Conhecer gente de tantos países diferentes. :)

minha turma no final da 3a. semana:

Alicia (Espanha), Alexandra (Canadá), Roberta (Itália), eu, prof. Hélène,

Marcello (Itália), Petra (Hungria), Sophie (Inglaterra) e Daniel (Colômbia)

Boa parte dos alunos era composta de gente que já morava lá e precisava melhorar o idioma, mas tb tinha muita gente como eu, de férias estudantis. Já tô com saudades dos meus colegas e das três ótimas professoras que tive! Quero de novo! :D

Paris en autobus

Sim, sim, a ideia era ir escrevendo no blog durante a viagem, mas a ideia foi pro beleléu depois que marido chegou e eu só quis saber de passear e amar na Europa, então vocês me perdoem, viu? Fica como coletor de lembranças, este blog, e faz a viagem durar um pouco mais.

Então vamos lá! Assunto de hoje: transporte público em Paris.

Metrô é bem conhecido pelos turistas e realmente é prático e fácil de usar. Metrô em Paris é uma daquelas coisas que eu chamo de noob proof, ou seja, é à prova de lesos. Paris precisa ser noob proof, os novatos precisam saber se achar sozinhos, ou a cidade iria parar de tantas dúvidas e perguntas dos novatos direcionadas aos habitantes. 

Pois bem, metrô em Paris é noob proof. Tem em todo canto, dificilmente vc precisa fazer uma longa caminhada até se deparar com a primeira estação de metrô. Tem mapa de metrô em todos os guias da cidade e tb nos mapinhas distribuídos gratuitamente em hotéis e na Galeries Lafayette. Vc entra na estação, acha a estação pra onde vc quer ir, vê se tem que fazer trocas de linha (tem muitas linhas, justamente por isso cobre tão bem a cidade), e não esqueça de procurar as direções corretas (a direção é o nome da última estação da linha, igual em SP).

Mas metrô tem seus senões. O primeiro senão para um turista é: cara, vc está debaixo da terra e está perdendo toda a paisagem! O segundo é: escadas, escadas e mais escadas, porque muitas estações são antigas e não têm escadas rolantes (para pessoas com alguma dificuldade de locomoção, nem precisa ser cadeirante, já pode ser meio complicado). Se estes dois poréns calaram fundo em seu coração, eu tenho a solução: ônibus!

Os ônibus em Paris são limpos (algumas estações de metrô tem perfume de xixi...), novos, confortáveis, o degrau de subida é baixo, são acessíveis para cadeirantes, carrinhos de bebê e até os obesos têm a vida facilitada pelo fato de não ter nenhuma catraca apertada.

Vc vai vendo a paisagem e aproveita para ir aprendendo sobre a geografia da cidade. Dentro de um metrô vc não se localiza, mas no ônibus é muito melhor!

Como usar seu ônibus:

1) Passagem: funciona igualzinho ao metrô. Vc pode comprar nas estações de metrô ou nos Tabacs espalhados pela cidade (indicados sempre com uma losango vermelho luminoso com a palavra "Tabac" em branco, quase como uma bandeira de açaí, hehehe). O avulso custa €1,70, mas vc pode comprar o kit de 10 tíquetes por €12. Esse tíquete pode ser usado em mais de uma linha de ônibus ou metrô dentro do período de 90 minutos. Vc ainda pode comprar sua passagem dentro do ônibus, direto com o motorista. Aí custa €1,90. Munido do seu tíquete, meta-o na maquininha verde dentro do veículo e pegue-o de volta. Pronto.

Se vc vai ficar uma semana ou um mês ou mais, e se vai usar bastante transporte público, faça o Navigo Découverte, o cartão que vc pode recarregar. Mas atenção, faça suas contas. Nem sempre vai ser vantagem. Se vc acha que nem vai pegar transporte público todo dia, pode não valer a pena. Vc tem que pagar pela emissão do cartão, pela foto (ou então já leve de casa sua foto 3x4), além da carga, que pode ser semanal ou mensal. Atente tb para o início e término da validade da carga. Não é 30 dias a partir do dia que vc coloca, não. Tem a carga de julho, a de agosto, etc, etc. Dependendo do dia que vc chega, pode valer mais a pena comprar os tíquetes.

2) Itinerário: o ônibus pode não parecer tão noob proof quanto o metrô, mas é muito fácil de usar tb. Mas pra ficar mais fácil, vc tem que ter acesso à internet, porque o que facilita horrores mesmo é o site da RATP, que eu já tinha descoberto antes mesmo de viajar. Lá vc coloca seu ponto de partida e seu destino, escolhe se prefere ônibus ou metrô ou se topa usar qualquer um dos dois, se prefere um trajeto mais rápido, com menos trocas de linhas ou com menos caminhada. É genial! Usei muuuuuuuuuuuito, praticamente todo dia.

3) Pontos de ônibus: os pontos em Paris todos têm nomes, e nas ruas de mão dupla vc facilmente consegue ver o correspondente do outro lado da rua, aquele no qual seu ônibus passa quando vem no outro sentido. Seu ônibus tem sempre um número, e o nome que vem ao lado é o sentido que ele está fazendo naquele momento. Nos pontos de ônibus estão indicadas as linhas que passam ali e, em pequenos mapas (alguns pontos são menores e não têm bancos; nesses não há mapas) vc tem toda a linha marcada, com o clássico "vous êtes ici" (você está aqui), o trajeto da ida e da volta e até o tempo de espera! Claro, nem tudo é perfeito, e de vez em quando o monitor com o tempo de espera não está funcionando. Mas na maioria das vezes está.

Lembre-se: ônibus não é metrô, não tem trilho e anda no trânsito. Trânsito demora, o que pode acabar fazendo com que os minutos indicados na espera sejam meio longos. Se vc tem pressa, vá de metrô mesmo. Se vc quer curtir a paisagem, vá de ônibus! :D

Feliz da vida esperando meu ônibus atrás da Opéra.

Fontain, entre a realidade e a ficção

Como contei rapidamente no post sobre Besançon, eu fui a Fontain para conhecer o cenário que fez parte da história dos meus personagens Ventura e Alexandre Fontain, a pequenina cidade (uma comuna, pra ser mais exato) onde fica a Fromagerie Fontain, que eu "tomei pra mim" com todo respeito e carinho antecipado pelo local que eu ainda nem conhecia.

Era irresistível e inevitável incluir Fontain no meu programa. Pensei em ir de ônibus, e poderia ter ido, se eu fosse menos preguiçosa (risos). A linha que vai para Fontain passava às 7h25, e sob reserva! Eu teria de passar algumas horas lá, pois o primeiro ônibus só voltaria para Besançon à tarde, e eu desconfiava que não teria muito o que fazer. Na recepção do hotel em Besançon me recomendaram ir de táxi. Não saiu muuuito caro. Sim, saiu mais caro que ônibus, o dobro ou um pouco mais, mas táxi em Besançon não é caro. E em termos de horário foi perfeito.

Cheguei em Besançon por volta de 10h e logo entrei na Fromagerie. Parece que mais alguém estava tentando entrar, mas ela não teve sucesso...

A funcionária da Fromagerie ficou pouco à vontade com minhas perguntas. Eu queria saber sobre a cidade, sobre os queijos que fabricavam. Ela só sabia daqueles que estavam ali à venda, o comté. Tinha três tipos de comté, de acordo com o tempo de maturação: o doux é o que que fica menos tempo maturando, só seis meses; o fruité fica 12 meses; e o réserve fica não me lembro quantos meses, mas é mais de um ano (rs).

Meu segundo destino, a igreja. Depois de uma boa subida, estava fechada. Pena... Uma igreja realmente simples, mas bonita, com seu campanário comtois típico. Gostei dela de cara.

O tempo todo na pequena cidade fiquei com a sensação de que eu estava mais sendo observada do que observando. A estranha, andando por ali a tirar fotos, numa comuna de menos de mil habitantes onde todos se dizem bonjour nas ruas. Alguns me cumprimentaram, outros só olharam.

No Gladoux restaurante - épicérie - tabac - café e tudo mais o que precisar, aquele grupo de senhores idosos, conversando sobre o Tour de France, o governo, preços, vizinhos, a senhora no balcão, a moça de batom vermelho e curvas generosas arrumando as mesas para o almoço, tudo como deveria ser na ficção, e o era na realidade.

Fontain era como eu queria e precisava que fosse. Foi mágico.

A à Z chez le libraire

O texto abaixo veio impresso na sacola de papel da livraria-sebo na Galerie Vivienne onde eu comprei quatro livros a 17 euros. Preços excelentes, livros usados e algumas raridades. Comprei um  Balzac de capa dura de 1951 que está super perfeitinho! Esse foi mais caro, foi 12,50. Os outros custaram entre um e dois euros cada. Super!

A. Vous lisez toujours la 4e. couverture avant de choisir un livre.
B. Vous gardez tous les livres qu'on vous a offerts, même ceux que vous ne lirez jamais.
C. Si vous n'avez pas au moins 3 livres à lire d'avance, vous êtes très désagréable avec votre entourage.
D. Vous allez toujours chez le même libraire mais vous ne supportez pas les cartes de fidélité parce qu'il vous plaît de penser que vous pourriez être infidèle même si ça n'arrive jamais.
E. Vous n'achetez jamais le livre qui se trouve le dessus de la pile.
F. Vous ne caressez que des premières éditions.
G. Vous feuilletez rapidiment les nouveautés pour sentir l'encre fraîche et le paier.
H. Vous ne pouvez pas embrasser sur la bouche un homme ou une femme qui n'a pas de livres à la maison.
I.  Vous regrettez qu'apostrophe n'existe plus pour vous inviter.
J. Les critiques littéraires ne sont jamais de votre avis (d'ailleurs ce sont des écrivains ratés).
K. La littérature vous emmerde mais vous ne pouvez pas dormir sans lire.
L. Vous lisez la philosophie à la cuisine et les recettes de cuisine au salon.
M. Vous ne comprenez pas vos amis qui ne laissent jamais traîner des livres aux toilettes.
N. Vous achetez des livres uniquement pour parler avec votre libraire.
O. Quand vous écrivez une lettre vous imaginez qu'elle sera publiée blanche après votre mort.
P. Vous détestez ceuz qui croient que la blanche est en poudre, en plus ils ont souvent mauvaise haleine.
Q. Si les livres étaient publiés au format d'un timbre-poste, vous achèteriez un microscope.
R. Vous adorez quand un livre de poche a encore du sable entre les pages en plein hiver.
S. Vous rêvez de faire l'amour sur des milliers de livres même si ça doit être désagréable.
T. Vous pouvez passer une journée entière à voyager de mots en mots dans un dictionnaire.
U. Vous pouvez vous arrêter de respirer pendant 2 minutes, pas de lire.
V. Vous lisez avec le même plaisir la composition d'un déodorant et d'un roman pornographique.
W. La rentrée littéraire est une connerie parce que vous n'arrivez pas à tout lire.
X. Il vous est impossible de prêter vos livre, mais on peut les lire chez vous.
Y. Vous ne jetez jamais un livre à la poubelle parce qu'il n'y a là personne pour les lire.
Z. Si vous avez répondu oui de A à Z, retournez d'urgence chez votre libraire.

Besançon, la capitale de la Franche-Comté

Lyon é uma grande cidade da França, tal e coisa. Vocês podem se perguntar: o que a paraense foi fazer em Besançon afinal?

A historinha é assim: eu fui escrevendo meu livro (ainda não publicado, quem quer me indicar aí pra uma editora bacana?) e escolhi o sobrenome da minha personagem principal: Fontain. Eu sabia que ela teria ascendência francesa e, sei lá, apesar de esse nome não existir de verdade num dicionário (o mais próximo é Fontaine= fonte, chafariz), me veio à cabeça e eu gostei. E depois, assim, quase sem querer, descobri que existia um lugarejo na França, dentro da Grande Besançon, chamado Fontain! Irresistível chamado da ficção tornando-se realidade.

E assim incluí Besançon no roteiro, e que grata surpresa! Eu adorei Besançon, juro que passaria férias só lá. É muito bonito o Franche-Comté, com seus telhadinhos típicos, seus campanários, a braderie (feira livre) da Grande Rue, seus queijos deliciosos. Enfim, me apaixonei pela região em apenas dois dias.

Primeiro vou falar só de Besançon. Fontain merecerá um post só para si. ;)

Besançon tem bastante coisa para ser vista, mas eu tinha pouco tempo, e ainda cheguei lá meio ruim do estômago, então o primeiro dia foi meio de molho no hotel. Aliás, excelente hotel. Fiquei em um Ibis também em Lyon, muito bom, mas o de Besançon ganhou pelo atendimento muito muito amigável e atencioso e o restaurante delicioso e charmoso: La Taverne de Maître Kanter.

Do pouco que vi, recomendo tudo! Um delicioso e leve almoço na Brasserie Granvelle (Tarte salée de morbier, que vem a ser um queijo tuuuudo de bom) e depois uma agradável visita ao Musée du Temps.

O Musée du Temps fica no Palais Granvelle, este cujo claustro vc vê aqui em cima. Como uma bela construção comtoise que se preze, está encimada pelo lindo telhadinho comtois.

detalhe do telhado do Palais Granvelle

O museu é muito legal. Tem todo tipo de relógio que vc imaginar e muito mais. É um pouco museu da cidade, pois tem mapas antigos de Besançon e uma maquete linda da cidade. É um ótimo passeio, e pra quem não se incomoda com altura, é possível até subir na torre (não, eu não subi; sim, eu me incomodo com altura).

O relógio acima é um relógio astronômico. Ele tem as tradicionais horas e minutos, mas também a data, fase da lua, feriados e tudo mais.

Besançon está em obras para a instalação de um tramway. Felizmente meus passeios não foram muito prejudicados pelas obras, mas dá pra perceber o efeito no trânsito. Duas curiosidades: é uma cidade com muita mosca (na gare, então!) e com uma insuficiente quantidade de táxis. Se vc precisa de um táxi em Besançon, agende com antecedência, porque pode demorar pra achar um disponível. Na gare não tinha nenhum. Passageiros recém-chegados acumularam-se no ponto de táxi, esperando, esperando...

Le Doubs

A estação é organizada e o serviço no geral é bom, mas falta elevador (só serve o lado de lá das plataformas) e eu tive que descer e subir escadas com as malas pesadas. Então prepare-se para a musculação!

Lyon

Somente um dia em Lyon não dá pra grande coisa, claro. Mas deu pra perceber que é uma cidade muito dinâmica e não muito turística. O pouco que andei por lá me deu a impressão de muita gente trabalhando, muitos jovens com cara aborrecida e pouca gente a passeio.

Meu programa turístico foi um passeio à pied às margens do rio Rhône (Ródano), no qual eu vi uma mulher correndo pra não deixar rebocarem seu carro e logo depois outra correndo na mesma direção achando que o reboque era para o carro dela. Será que o estacionamento é um problema em Lyon?

No Quai Jean Moulin, lindo jardim em homenagem ao célebre resistente.

O tempo tava mais ou menos. Peguei chuva, mas não forte. E as pessoas continuam andando debaixo da chuva como se nada houvesse.

La Rhône, mes amis, c'est pas la Seine... Mais c'est beau quand même. ;)

Achei o metrô mais ou menos, mas a Gare de La Part-Dieu muito boa. Organizada, limpa e fácil de se achar. Só penei pra achar meu vagão no trem...

Próximo capítulo, a fofinha-canteiro-de-obras Besançon, capitale de la Franche-Comté.

p.s.: Fui ao Les Vengeances Tardives, mas confesso que não gostei muito. Decepcionante... :\

Voilà, j'y suis!

Salut, les gars!

Hoje faz uma semana que cheguei, estou muito em dívida com o blog! Vamos la À la recherche du temps perdu, como diria Proust! ;)

Primeiro gostaria de dar umas dicas sobre o voo. Eu viajei de TAP, as tarifas eram mais atraentes para os trajetos que eu ia fazer, e sempre pode ser uma boa solução para quem se sente mais confortável tratando em português. O atendimento foi muito bom, aliás, tinha um comissário espetacularmente lindo no meu voo até Lisboa, não posso deixar de comentar. ;D

Aí eu vos digo.Se vc vai fazer uma escala, como eu fiz, e passar pelo controle de passaportes em LIsboa, preste muita atenção ao seu tempo de escala entre um voo e outro. Eu tinha duas horas de escala, mas o voo atrasou meia hora do Rio. Só meia hora foi suficiente para quase eu perder minha escala para Lyon, porque a fila de controle de passaportes no aeroporto de Lisboa era gigantesca! Parecia uma feira, o funcionário do aeroporto ia gritando ao lado da fila os destinos dos voos para tirar da fila grande e colocar nas prioridades as pessoas com os voos mais próximos.

- Veneza! Marseille! Lyon! - gritava o rapaz.

E nem a fila de prioridades andava. Um medo que me pelava de perder a conexão. Quando carimbavam meu passaporte, já chamavam meu nome nos alto-falantes! No fim, com direito a corridas cinematográficas e nada elegantes pelas salas de embarque, consegui pegar meu primeiro Embraer rumo a Lyon.

O avião da Embraer é essa fofura aí, bem pequeno, só três cadeiras por fila, mas é confortável e apesar do tamanho o voo foi tranquilo, sem grandes balanços.

E é preciso mencionar o aeroporto de Lyon. Chama-se Saint Exupéry e já fica valendo a visita só pelo nome, né?

Aguardem os próximos posts sobre Lyon, Besançon, Fontain e os primeiros dias em Paris. ;)

Google

São muitas as ferramentas do Google que podem ajudar a planejar sua viagem. Talvez as duas principais sejam:

1) Google Maps

Para aproveitar todo o potencial do Google Maps, crie uma conta no Google, caso vc ainda não tenha uma. Se já tiver o seu gmail, use-o para fazer login no Google Maps. Dessa maneira vc poderá criar seus próprios mapas, marcar os seus lugares favoritos.

Basta criar um mapa em "meus lugares" e começar a salvar os pontos no seu mapa. Você pode personalizar até os ícones, para hotel, restaurante, bar, parque, ou pode deixar a marcação default do Google Maps, aquele pontinho azul.

Esta é a cara do seu mapa (vc tb pode escolher "satélite" ali no canto superior direito). Do lado esquerdo, a lista de pontos que você marcou, com as observações que você fez. E ocupando a maior parte da tela, o seu mapa todo marcadinho. No meu mapa de Amsterdam, que é esse que vcs estão vendo, já marquei o nosso hotel (estão vendo a cama vermelha lá no topo?), alguns bares, lanchonetes, locais de compras (a sacolinha amarela), e usei os pontos e "alfinetes" para fazer marcações como eu queria, como museus, pontos turísticos em geral, enfim. Assim fica fácil montar a programação de cada dia, vendo quais locais ficam mais próximos uns dos outros.

Claro, não podemos esquecer da ferramenta Street View! Nem todas as cidades do mundo dispõem de Street View, mas a Europa é MUITO bem servida. Até estradas e pequenas cidades já oferecem Street View.

Além de brincar de passear, o Street View é muito bacana pra você ver a vizinhança de um hotel antes de escolhê-lo, por exemplo. Às vezes, no site do hotel, eles só colocam as fotos boas, mas com o Street View vc pode ver que os arredores são meio esquisitos, se é sujo, pichado, escuro ou se tudo está bem e seguro pra sua escolha.

Se já escolheu o seu hotel, uma outra utilidade do Street View é procurar lugares pra comer ali perto. Será que vc vai precisar do café do hotel? Que tal checar se tem um café ou um supermercado ali pertinho?

Olhaí uma bela descoberta: as proporções gigantescas da fila na frente da casa da Anne Frank! Se não fosse o Google Street View eu talvez não tivesse a ideia de comprar os ingressos antecipadamente via internet, o que vai me economizar um bom pedaço de fila...

Se eu fosse contar aqui todas as dicas valiosas que descobri andando de Street View pelas cidades que vou visitar este post não acabaria nunca! Recomendo fortemente Google Maps + Street View!

2) Google Calendar ou Google Agenda

Crie agendas para a sua viagem no Google Calendar (ou Google Agenda, se seu Google está configurado para "português"). Eu criei agendas separadas: Curso, Roteiro, Programação detalhada, e só vejo aquela que quero. O Google Calendar pode ser visto por dia, 4 dias, semana ou mês.

Um exemplo de uma semana de julho (de 22 a 27/07), com minhas 3 agendas exibidas:

À esquerda, o menu das agendas. Basta clicar sobre o quadradinho colorido de uma delas para deixar de exibir ou para exibir. Em rosa, os eventos principais do roteiro de férias (horário de chegada do marido e dos meus pais ou "chegada do Tour do France" ou ainda "Montmartre"). Em verde, os horários do meu curso, e em azul a programação detalhada, incluindo o que a família estará fazendo enquanto eu estiver no curso. Claro, nestes casos vale muito a pena compartilhar a agenda com os outros envolvidos. Basta clicar na setinha do lado do nome da agenda e compartilhar. Ah, vc tb pode compartilhar mapas no Google Maps!

Pra quem gosta de um bom planejamento, como eu, é excelente!

Reservando o hotel

Eu não sei vocês, mas eu sou fresca. Não gosto de ficar em quartos de albergue divididos com 10 pessoas, quero privacidade e sempre tento ficar perto do centro, dos pontos que quero visitar. Quanto mais eu puder andar a pé, melhor.

Eu gosto é de hotel. Eu adoro hotel. Não sou rica, mas sei fazer cosplay de rycah. Dispenso o luxo sem titubear e muitas vezes também o charme (esse eu dispenso com mais dor no coração que o luxo), mas corro atrás do conforto e da segurança.

Quando fomos a Paris em 2006, ficamos num hotel ótimo, que eu super recomendo. O Timhotel le Louvre fica na rue Croix des Petits-Champs, 4, 1er. arrondissement, a 500 metros do Louvre. Foi fantástico! Andamos muito a pé, o que nos deixou cansados e satisfeitos. O hotel foi ótimo. O quarto era pequeno, mas confortável. Não tinha frigobar, mas nos viramos bem sem ele. Ar-condicionado, janelas bonitas, banheiro (bem pequenininho, mas serviu bem). Com elevador, mas atenção que ele é bem pequeno. Só cabem duas pessoas ou uma com malas. Café da manhã por dez euros, bem sortido. Pessoal atencioso, tudo limpo.

TimHotel Le Louvre: janelinhas fofas

Faz parte de uma rede de hotéis, e um amigo do meu marido já ficou em outro hotel da rede em outra ocasião, depois de nossa recomendação.

Este ano não precisei escolher hotel em Paris, pois a Alliance Française Paris oferece opções de hébergement (eu ficarei num apart nos altos da Galerie Lafayette Maison), mas estou escolhendo hotéis para sete locais diferentes: Lyon, Besançon, Marseille e Mont Saint-Michel, na França, e mais Bruxelles, Amsterdam e Londres.

É claro que, enquanto eu não estiver lá, não posso dizer se o hotel escolhido é bom. Mas posso falar um pouco sobre o processo de escolha e reserva.

Antes de mais nada, o ideal é que você não tenha medo de se virar sozinho e fazer a reserva na internet. No site da Accor Hotels, por exemplo, você consegue fazer tudo em português, da pesquisa até o final da reserva. A lista de resultados pode vir organizada por preço, por distância em relação ao centro da cidade, nome do hotel ou padrão. Você pode comparar mais detalhadamente até 4 hotéis por vez. 

Ibis Lyon Gare La Part-Dieu: não é o mais barato, 

mas pra quem só vai ficar um dia, localização é tudo!

Vale muito a pena reservar e pagar antecipadamente pela internet, pois o preço pode ser bem mais em conta. Exemplo: no Ibis Besançon Centre Ville, o preço médio por noite (1 pessoa), no mês de julho, pode sair por €73.50 (com impostos) se você reservar e pagar na internet, ou €87.00 (com impostos), se você fizer apenas a reserva. A diferença é considerável! Em duas noites economizei quase €30. O inconveniente: pagou, pagou, não recebe nada de volta se não der as caras por lá.

Ibis Besançon La City: meu escolhido, mais uma vez pela localização: 

perto da estação de onde saem os ônibus para Fontain,

pequena comuna onde quero passar um dia dos dois que ficarei em Besançon.

Você gosta de tomar café em hotel? Quase todo mundo adora, né? Os preços variam, e tem vantagens e desvantagens. As duas principais vantagens são a praticidade e, geralmente, a quantidade. Num bufê de café de hotel você se farta, se alimenta bem, e pode economizar no almoço. A desvantagem pode ser o preço fixo e você ficar meio "preso" a essa reserva. 

No Tim nós não reservamos com antecedência, mas acabamos tomando café no hotel todos os dias. Pesquisamos em volta nos primeiros dias e descobrimos que a diferença de preço ainda era ponto pro hotel. Só que naquele tempo não tinha GOOGLE STREET VIEW.

Meus caros leitores, Google Street View cura calo, cárie, calvície e salva sua vida. Jogue-se no Street View da cidade que você vai visitar, dê umas voltas nos quarteirões e ruas mais próximos, descubra se vc tem opção de café, de supermercado. Resultado: em Lyon, Besançon e Amsterdam, já vou com o café reservado antecipadamente. Mas em Marseille e Bruxelas, temos opções próximas ao hotel, então vamos nos virar. Além disso, o café da manhã do Ibis Bruxelles Centre Sainte-Catherine tava muito salgado pro meu gosto: €14.

 Ibis Marseille Centre Bourse Vieux Port: 

a 500 m do Vieux Port, €59 por noite! \o/

A dupla Google Maps + Street View serve também para você achar o seu hotel. Buscando nas proximidades dos locais que eu queria visitar, o Google me ajudou a escolher meus hotéis em Amsterdam e Londres. Nessas cidades, hospedagem é mais cara mesmo, galera, e os hotéis da Accor estavam me jogando pra muito longe do centro, mesmo pagando meio caro. Toquei a procurar e achei opções mais semelhantes ao que eu queria.

Chic & Basic Amsterdam: a 900 m da Anne Frank Huis. 

Não é muito barato, mas o café é incluído: €102 a diária. 

Nesses casos, um grande aliado é o Trip Advisor. Lá você pode ver as opiniões de pessoas que já se hospedaram no hotel que você está pesquisando. Mas atenção: lembre-se que é bem mais provável que a pessoa tenha vontade de ir dar um testemunho no site quando ficou decepcionada com o hotel do que quando ficou satisfeita. A reclamação é quase sempre um incentivo mais forte. Por isso, leia bem os depoimentos. Às vezes a pessoa está reclamando de algo que a incomodou muito pessoalmente (exemplo: um jovem que achou o hotel chato e sem graça, longe da área badalada da cidade, enquanto o que você busca é sossego!).

Algumas reclamações, porém, foram determinantes para mim. Em Amsterdam, eu estava pensando na possibilidade de ficarmos num hotel-barco. Achei que seria bem legal, numa cidade cheia de canais. Até que li duas pessoas comentando que tinham enjoado muito durante a noite no hotel-barco. Bom, pra mim isso é um problema, porque fico nauseada facilmente. Desisti do hotel-barco (Amstel Botel), e por uma razão bem pessoal. Se não fosse por isso, teria escolhido ele.

A escolha do hotel londrino foi interessante. Vagando pelo Google Maps, deparei-me com uma rua em formato de lua crescente (sooooo The Clocks, Agatha!) que era todinha de hotéis, construções padronizadas, e a menos de 10 minutos a pé de King's Cross. Achei a história toda bem interessante, pois julguei que a padronização e a proximidade forçaria os hotéis concorrentes a manterem qualidade e preço justo. Mandei email para todos eles e escolhi um. Foi o único hotel que não paguei antecipadamente, porque o site não tinha essa opção.

The Euro Hotel, em Londres: chegando no dia seguinte ao final das Olimpíadas

e ficando a 8 minutos a pé de King's Cross, não espere uma pechincha.

No entanto, as 110 libras por noite (c/ café) serão bem aproveitadas 
andando a pé e observando o charme bucólico de Cartwright Gardens.

Economize onde pode, nas cidades em que vai ficar mais tempo e que têm mais opções de hotel, para poder fazer uma pequena doidice no Mont Saint-Michel! Se eu vou até lá, vou dormir uma noite lá dentro! Foi assim que pensei desde o princípio. As opções são mega restritas (só tem uns 5 hotéis-pousadas lá). Escolhi o Le Mouton Blanc, e por €138 (uma diária com café, também reservando antecipadamente) vou passar uma noite mergulhada na história, num hotel do século XIV, com restaurante e quartos confortáveis.

Le Mouton Blanc: 
a menina dos meus olhos de todos os hotéis desta viagem...

A partir de 4 de julho vou contando pra vocês se me meti em alguma roubada ou se tudo funcionou às mil maravilhas. ;)

Les Vengeances Tardives

O post de hoje é filho do de ontem. Dentro do My Little Paris tem também My Little Lyon e My Little Marseille, que eu pretendo também explorar. Vou passar só um dia em Lyon, antes de começar o curso em Paris, por isso tenho que me controlar na exploração do site, ou terei tantas opções legais que vai ser mais sofrimento que prazer, né?

Mas achei um barzinho imperdível e totalmente meu número, a 15 minutos a pé do hotel que eu vou ficar em Lyon (vou ficar no Ibis Part-Dieu, pertinho da estação de trem).

O bistrot se chama Les Vengeances Tardives (As Vinganças Tardias) é temático: bistrot - librairie - polar. Polar é como se chama em francês o romance policial, pessoalmente uma grande paixão minha!

Livros, círculos de leitores, sessões de autógrafos, vinhos e cervejas, e pratos com preços bem razoáveis. Quiche forestière & ricotta por €8,50, Croque-monsieur aux champignons, jambon cru & mascarpone tb por €8,50, Crumble poisson blanc & courgettes por €9,50. Eles até tem um rótulo próprio de vinho, proveniente des Côtes du Rhône. Uma garrafa de Vengeances Tardives sai por €9,90 (não dá para beber lá, só para levar).

Totalmente imperdível!

My Little Paris

Estou apaixonada pelo site My Little Paris, descoberto esta semana. Um grupo de mulheres coleta dicas (as mais diversas!) sobre Paris e as distribui mundo afora num site fofíssimo e agradável, que já virou app e livro.

O vídeo de lançamento do livro é um encanto!

Minha dica favorita até agora foi...

"Lire sur le plus vieil arbre de Paris

Un robinier de 411 ans!!

Le plus vieil arbre de Paris,
Robinier planté au square René Viviani en 1601, quai de Montebello, 75 005 Paris
Métro Saint Michel

Paris Cityrama

Nas minhas pesquisas descobri o site Paris Cityrama, uma agência especializada em passeios em Paris e nos arredores. Bom, na verdade também trabalham com alguns roteiros mais distantes, e organizam City Tours em outras cidades, como Marseille. Os passeios podem ser reservados e pagos via internet e são feitos de ônibus ou microonibus, A maior parte dos passeios sai da sede da agência, na rue de Rivoli, mas alguns podem buscar o turista em seu hotel (é mais caro). Alguns duram o dia todo e incluem uma refeição. No caso de passeios guiados, você pode escolher seu idioma favorito, a depender do dia da semana.

Vamos ver alguns passeios oferecidos?

City Tour Paris: comecemos pelo mais básico. Custa 20€, dura 1h45 e tem quatro horários de saída. Dispõe de comentários em 11 idiomas (português, inclusive) e até comentários específicos para crianças (só 5 idiomas). Recentemente foram incluídas atividades infantis para ocupar os pequenos turistas durante o passeio. Recomendado para primeiras visitas a Paris e também para famílias com crianças. Itinerário no mapinha abaixo.

Déjeuner croisière: fiquei bem interessadinha neste aqui. Por 36€ você almoça navegando pelo Seine. O embarque é às 12h45 no quai Anatole France (pertinho do Musée d'Orsay), sextas, sábados e domingos e a refeição inclui amuse-bouche (belisquetes tipo azeitonas e outras miudezas), um prato principal (entre dois à escolha), sobremesa, café e uma taça de vinho. Cerca de 2h25 de duração. A opção noturna Dîner croisière custa 72€, o cardápio é mais variado e tem saída todas as noites. Existem opções de jantar na Tour Eiffel e outros que incluem espetáculo no Moulin Rouge.

Giverny: por 75€ você passa a manhã em Giverny e conhece a casa de Claude Monet, com guias em inglês, francês, espanhol e português (você tem que conferir pelo dia da semana quais os idiomas ofertados).

Giverny

Se tiver mais euros pra gastar, por 173€ você dá uma beeeela esticada até Auvers-sur-Oise, e aí seu passeio inclui os dois maiores pintores impressionistas, nas modestas opiniões minha e do meu marido: Monet e Van Gogh. Fica caro assim porque Auvers-sur-Oise (onde Vincent Van Gogh viveu seus últimos dias) é bem mais distante. Este outro passeio dura 9h30 e tem menos saídas semanais (somente quartas e domingos). O almoço está incluído, e as bebidas também.

Fontainebleau

Se o seu negócio são os castelos (o meu é!), o que não falta é opção. Desde a mais baratinha Vaux le Vicomte et Fontainebleau, por 55€ (9 horas de duração, com audioguide), tudo pertinho de Paris. Fontainebleau é uma joia do maneirismo, um dos castelos mais bonitos da França. Vaux-le-Vicomte é obra do trio setecentista Le Nôtre - Le Vau - Le Brun (paisagista, arquiteto e pintor) e pertenceu a Nicolas Fouquet. Você não sabe quem é Nicolas Fouquet? Pois saiba que há grandes chances de que ele tenha sido o Homem da Máscara de Ferro! O que é certo é que era um político que chegou a superintendente de Finanças (tipo Ministro da Fazenda), rico pra dedéu e de muito bom gosto. Louis XIV ficou com dor-de-cotovelo e mandou D'Artagnan prender Fouquet, e passou a mão grande em Vaux-le-Vicomte.

Vaux-le-Vicomte

Les Châteaux de la Loire são os mais clássicos e desejados, e o passeio sai por 173€, dura cerca de 12 horas e meia e inclui três castelos. Os mais célebres e visitados Chambord e Chenonceau e mais Cheverny que, caso você não saiba, inspirou Hergé na criação do Castelo de Moulinsart, do capitão Haddock (Tintin). O passeio sai todos os dias, exceto sextas-feiras, e tem vários idiomas disponíveis. Almoço não incluído no verão (no inverno sim).

Château de Cheverny

Ainda tem passeios na Normandia, para conhecer as praias do desembarque do Dia D, passeios ao Mont Saint-Michel, à Provence, à Eurodisney, enfim, as opções são muitas. Visite o site e explore: http://www.pariscityrama.fr/.

Moleskine pra viagem

Companheiro inseparável do planejamento da minha viagem é meu moleskine Paris. Os caderninhos Moleskine têm uma linha de cidades, com enorme variedade: tem Moscou, Washington, Bruxelas, Lisboa, Toronto, Tokyo, Milão. E é claro que tem Paris!

O formato é de bolso, bem prático, mas tem coisa pra caramba dentro, vc nem imagina!

Aí vc vê um pequeno mapa da cidade inteira, mas em seguida tem 16 mapinhas mais detalhados (cada um é de dupla página), a gente consegue encontrar cada rua, ainda mais se usar a lista de ruas, muito completa também.

Mapa do metrô, com lista de estações de metrô e RER.

E ainda: 24 folhas em branco para notas e pensamentos, 48 folhas indexadas para restaurantes, endereços, dicas, lojas. Algumas já vêm indexadas, outras vêm com a aba em branco, para você criar seus próprios índices (seja com os adesivos que já têm palavras como Museums, Miscellaneous etc, ou adesivos em branco).

estas são as abas que já vêm coladas

E tem mais: 4 folhas com 8 notinhas destacáveis cada uma, o imprescindível envelope traseiro (onde eu já pus um ou outro carte de visite e duas cartes téléphoniques que ganhei de um aluno e que ainda terão validade em julho 2012) e algo que achei genial: umas folhinhas tipo post-it de um papel-plástico translúcido pra vc desenhar um roteiro ou um itinerário e colar sobre o mapa. Já usei para colocar meu roteiro apart-curso de francês. :)

A dica serve para qualquer cidade incluída na coleção da Moleskine: esses guias são superlegais, principalmente pra quem curte planejar a viagem com a antecedência, pois vc já chega lá com vários favoritos muito pessoais bem anotadinhos. 

Recomendo!

p.s.: veja post noutro blog viajante também sobre os City Guides Moleskine: Spicy Vanilla.